Brunelli ganha espaço

No começo parecia mero sonho político; sem muitas chances de dar certo. Mas, nas últimas semanas, a pré-candidatura ao Senado do distrital democrata Junior Brunelli tomou corpo. E passou a ser levada a sério. Os primeiros a aderir foram representantes da Igreja Universal do Reino de Deus (IURD). Foram seguidos pelo Comitê de Participação Política (CPP) do segmento evangélico, que na semana passada chegou a lançar uma nota de solidariedade ao distrital, diante de seus atritos com o Democratas. E, na mesma nota, confirmou o interesse de tê-lo como seu candidato ao Senado.

No final de semana, mais uma adesão: do Partido Progressista (PP), legenda de origem de Brunelli, que também lhe declarou apoio para a disputa. Em articulações mais recentes, o distrital tenta conquistar a aprovação também da Igreja Assembleia de Deus. E assim, vem se consolidando como o nome evangélico para o Senado.

Fato é que, além do senador Cristovam Buarque (PDT), não há ainda outro nome confirmado na briga pelo Senado. Entre as dezenas de interessados no cargo, praticamente nenhum conseguiu a chancela do partido ou a vaga para a disputa. Com tantas incertezas, Brunelli tem achado espaço para crescer dentro do segmento evangélico, onde concorre praticamente sozinho – já que o Bispo Robson Rodovalho, outra opção ao Senado, tem sido mais cogitado como vice em composições para chapas majoritárias. O caminho de Brunelli pode até não acabar em uma das vagas para senador nas chapas fechadas em junho de 2010. Mas o distrital acabará saindo da articulação com o nome muito mais cacifado do que quando entrou.